O Estudo de Deus em Relação ao Homem

Rev. Wolney Rosa Garcia Júnior


Este artigo procura mostrar o estudo do pensamento teológico sobre as formas pelos quais Deus se revelou ao homem, bem como as manifestações no decorrer da história do Antigo Testamento. Com esse objetivo poderemos perceber a natureza da relação entre o homem e Deus após receber sua revelação.

PALAVRAS-CHAVE

Meios de Revelação, Lei, tradição histórica, Graça, Deus (absconditus e revelatus).

INTRODUÇÃO

O estudo e o entendimento sobre a “Revelação” é de suma importância e fundamental para a fé cristã. Nenhuma sistematização bíblica pode ser feita sem que haja a revelação. Para Calvino, a revelação é o momento no qual Deus se dá a conhecer ao ser humano por intermédio de sua Palavra (Ver. CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Vol. 1. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 68).

Para ele, a revelação não tem um caráter subjetivo e experiencial, pois a Palavra foi dada aos patriarcas e redigida como documento, tornando-se objetiva. Ele diz: Pois bem, quando pareceu bem ao Senhor edificar uma igreja mais segregada ainda, ele publicou mais solenemente aquela mesma Palavra, e foi da sua vontade que ela fosse redigida como documento escrito. Por isso, desde quando os oráculos ou as revelações da Palavra de Deus começaram a ser reduzidas à escrita, ela tem sido mantida entre os fiéis e tem sido transmitida entre eles, uns aos outros.

A Revelação no Sinai

“Sinai” é a tradução para o português da palavra hebraica, ynyo “rochedo, espinhoso”, [1]monte, também chamado de Horebe (Êx 17.6), situado entre os golfos de Suez e de Ácaba. Nesse monte foi dada a Moisés a Lei (Êx 19.20-20.26). A montanha onde Moisés recebeu a lei de Deus; localizada no extremo sul da península do Sinai, entre as pontas do mar Vermelho e cuja localização exata é desconhecida. O evento descrito no Livro de Êxodo 19.20, relata sobre esse singular encontro ocorrido no Monte Sinai e diz: “E desceu o Eterno sobre o monte Sinai” – segundo a tradição judaica, [2]este encontro entre céu e terra realiza-se em função da outorga da Torá (Gr. Pentateuco), o qual simboliza sua missão histórica. Deus desce aos homens e Moisés sobe até Deus.

As sete semanas que transcorreram desde o êxodo do Egito são um lapso de tempo mínimo de preparação para este gigantesco e singular evento da história, não somente bíblica, como também um fato histórico da humanidade, a saber, a Revelação, ou como os judeus até nos dias de hoje denominam: Maamad Har Sinai (a Entrega da Torá). [3]Podemos dizer que toda a história espiritual da humanidade nada mais é senão um interlúdio entre a Revelação do Sinai e o cumprimento Messiânico em Jesus Cristo, quando toda língua confessará que Ele é o Senhor (Is 45.23; Rm 14.11). Período esse o qual trouxe “redenção” a todo aquele que Nele crer, para a “restauração” no sentido do retorno ao padrão original de intimidade, diálogo, Revelação no sentido de Deus em relação ao homem, e na proximidade íntima na consciência de filiação do homem para com Deus. Tudo isso, devido aos méritos conquistados na cruz por Cristo, o qual fomos resgatados e feitos filhos de Deus segundo sua presciência (1 Pe 1.2).

O USO DA LEI COMO FATOR RELACIONAL

Para que entendamos bem o uso da Lei precisamos entender antes, o que são o pacto (aliança) das obras. Assim sendo, é importante começarmos por esclarecer a que se referem esses pactos “Lei e Graça”, e qual é o conceito de lei que está envolvida nessa questão.

Pacto das Obras e Pacto da Graça[4] é a terminologia usada pela Confissão de Fé de Westminster[5] para explicar a forma de relacionamento adotada por Deus para com os seres humanos desde Adão, onde diz:

“O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi à vida prometida a Adão e nele à sua posteridade, sob a condição de perfeita obediência pessoal.”

“Deus deu a Adão uma lei como um pacto de obras”. Por este pacto Deus o obrigou, bem como toda sua posteridade, a uma obediência pessoal, inteira, exata e perpétua; prometeu-lhe a vida sob a condição dele cumprir com a lei e o ameaçou com a morte no caso dele violá-la; e dotou-o com o poder e capacidade de guardá-la.

Gen. 1.26, e 2.17; Ef. 4.24; Rom. 2.14-15, e 10.5, e 5.12, 19.

Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal, foi por Deus entregue no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos ensinam os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o homem.

Tiago 1.25 e 2.8, 10; Deut. 5.32, e 10.4; Mat. 22.37-40.”

De forma bem reduzida, podemos dizer que o pacto das obras é o pacto operante antes da queda e do pecado. Adão e Eva viveram originalmente depois desse pacto e sua vida dependia da sua obediência à lei dada por Deus de forma direta em Gn 2.17, não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão e Eva descumpriram sua obrigação, desobedeceram a lei o qual incorreu na maldição do pacto das obras, a saber, a morte e a desconexão no sentido relacional com o Criador.

O pacto da graça é a manifestação da graça e misericórdia de Deus, aplicando a maldição do pacto das obras pelo descumprimento de Adão, à pessoa de Jesus Cristo, fazendo com que parte da sua criação, primeiramente representada no próprio Adão, o qual agora está representado em Cristo. Porém, a lei antes da queda não se restringe somente em não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Não podemos analisar a lei em um só aspecto. Existem outras leis as quais se encontram implícitas e explicitas no texto bíblico. Como por exemplo, a descrição das bênçãos em Gênesis 1.28, o qual diz: “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e dominai”. São imperativos, e contem ordens claras do Criador a Adão e sua esposa, e, por conseguinte, eram leis. [6]O relacionamento de Adão com o Criador estava inteiramente vinculado à obediência.

O uso da lei como fator relacional, implicaria num caráter ou estado de obediência. Uma condição sine-qua-non, condição esta, o qual não somente dava a inteira liberdade em desfrutar do Jardim, como também da presença e da Glória propriamente dita de Deus [Shakan] do qual se deriva a palavra [Shekhinah], por que Deus fazia-se presente no Jardim do Éden (Gn 3.8b).

O CONHECIMENTO DE DEUS

Um tema de suma importância sobre a história da teologia do Antigo Testamento, é o do “conhecimento de Deus”. A teologia reformada apresenta-nos de forma clara que o pecado torna a revelação natural totalmente insuficiente para o correto conhecimento de Deus. [7]Para Calvino o [8]verdadeiro conhecimento de Deus é um conhecimento sobre Deus que é aplicado na piedade ou devoção, isto é, em reverência, fé, amor, adoração, obediência e serviço a Deus. A teologia – o estudo de Deus, ou a busca de conhecimento acerca de Deus – deve evocar uma resposta de piedade em nós se queremos verdadeiramente conhecer a Deus.

No Sinai, Deus não somente entrega suas leis a Moisés, como também mostra que através da lei Deus se revelaria com a sua misericórdia e provisão por meio da obediência de Israel. Não somente por meio desse fato histórico do Sinai, que nos mostra um pressuposto de que Deus pode ser conhecido, como também toda a história do Antigo Testamento atesta essa verdade de que Deus se revela ao homem, e também afirma claramente que Ele se faz conhecer[9]:

“Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.” (Sl 103.7)

“Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido.” (Êx 6.3).

“Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12.6-8).

“No dia em que escolhi a Israel, levantando a mão, jurei à descendência da casa de Jacó e me dei a conhecer a eles na terra do Egito; levantei-lhes a mão e jurei: Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Ez 20.5).

A Revelação de Deus ao homem é uma oportunidade de proximidade e relação entre o homem e Deus.

Dentro ainda do vocabulário da “revelação”, [10]essas passagens usam a forma passiva ou reflexiva do verbo har ra’ah “conhecer, aparecer”, bem como por exemplo em Êx 3.2 “Apareceu-lhe”, e outros verbos ligados, assim como: na forma (Qal) ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar, dar atenção a, discernir, distinguir, na forma (Nifal) aparecer, apresentar-se, na forma (pual) ser visto, estar visível, fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar, e na forma (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte. Todos esses verbos são palavras cognitivas no sentido de percepção e conhecimento daquela revelação pessoal de Deus. O hebraico não possui um substantivo que signifique “revelação”; possui o verbo “revelar” ocorre cerca de 180 vezes no Antigo Testamento.

Vriezen disse que o conhecimento de Deus é mais que um mero conhecimento intelectual; diz respeito à vida humana como um todo[11].

É essencialmente uma comunhão com Deus e é também fé; é um conhecimento do coração que exige o amor do homem (Dt 4); sua exigência vital é que o homem aja de acordo com a vontade de Deus e ande humildemente nos caminhos do Senhor (Mq 6.8). É o reconhecimento de Deus como Deus, a rendição total a Deus como Senhor[12].

O “conhecimento de Deus” ou a “relação entre Deus e o homem” significa[13] compromisso, confiança e obediência à vontade divina.

O não “conhecimento de Deus”, bem como o “não relacionamento” do homem com o seu Criador no Antigo Testamento de um modo geral, não significa necessariamente ignorância acerca de Deus; às vezes significa uma falta de disposição em obedecê-lo. O fato ocorrido no Sinai exigiu de Moisés esses pré-requisitos básicos ao ir encontrar-se com Deus, onde a ação de subir ao monte requereu acima de tudo obediência ao chamado do Próprio Deus. No Sinai foi então, legislado e decretado a lei como condição irrevogável, inquestionável e sem propostas. Assim sendo, “conhecer a Deus” sempre resultava numa condição ética.

O DEUS ABSCONDITUS (O Deus que se oculta)

O profeta do exílio disse:

“Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador.” (Is 45.15, ARC)

Existem várias citações sobre um “Deus que está oculto” [14], ou que se oculta, mas a verdade é que no Antigo Testamento, Deus jamais é totalmente visível ou totalmente conhecido.

Se Deus fosse completamente conhecido, seria limitado pela capacidade humana de compreensão e não seria, de modo algum, Deus. Só um punhado de ancestrais, profetas e poetas que de fato perceberam a proximidade de Deus; e, então, mediou-se o desvendar de Deus[15].

B.W. Anderson disse: a pressuposição da Revelação é que Deus está oculto à vista do Homem. A Revelação, portanto, é Deus desvendando ou descobrindo a si mesmo e a seus propósitos [16].

O antigo Testamento fala com frequência sobre um Deus “oculto”. Afirma-se 26 vezes que Deus esconde o rosto aos homens, o qual se segue: (Dt 31.17, 18; 32.20; Jó 13.24; 34.29; Sl 10.11; 13.1; 22.24; 27.9; 30.7; 44.24; 51.19; 69.17; 88.14; 102.2; 104.29; 143.7; Is 8.17; 54.8; 59.2; 64.5; Jr 33.5; Ez 39.23, 24, 29; Mq 3.4). Encontramos também os versículos que diz que: Deus esconde os olhos (Is 1.15) e os ouvidos (Lm 3.56). Deus se oculta (Sl 10.1; 55.1; 89. 46; Is 45.15)[17].

Teólogos como Vriezen, bem como outros concordava que o propósito de Deus nem sempre pode ser visto, até mesmo na história da Salvação. Diz que se compararmos essa história a uma linha, só certos pontos dela estariam visíveis. E, mais, diz ele que ninguém consegue copiar a linha em si, no sentido de perceber os planos e propósitos de Deus, pois isso é um segredo de Deus. E por isso ele se mantém oculto.

Os profetas jamais supuseram saber com precisão o que Deus estava para fazer. Vejamos alguns textos que nos expressam bem essa realidade.

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” (Is 55.8,9)

“Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o SENHOR, o Deus dos Exércitos, se compadeça do restante de José.” (Amós 5.15).

“Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR.” (Sf 2.3).

Nessa visão percebemos que não somente a Substância de Deus é oculta no Antigo Testamento, como também, seus propósitos e caminhos somente podem ser conhecidos de modo parcial.

“Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos! Que leve sussurro temos ouvido dele! Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?” (Jó 26. 14)

“Somente as orlas dos seus caminhos!” – No Antigo Testamento o conhecimento de Deus É o reconhecimento respeitoso e obediente do poder de Deus, da graça de Deus, das exigências de Deus. Conhecer a Deus é honrá-lo e fazer o que é justo e íntegro.

“Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?”

A TEOLOGIA DA REVELAÇÃO COMO PRESSUPOSTO RELACIONAL DO HOMEM PARA COM DEUS

“Disse Deus ainda a Moisés: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros’; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração” (Êx 3.15).

DEUS REVELATUS (O Deus que se Revela)

A Revelação de Deus[18] no Antigo Testamento, bem como o pressuposto relacional do homem para com Deus somente era possível por meio das manifestações de Deus[19] no decorrer da História bíblica. A teologia descreve essas manifestações como sendo “teofanias” e ou “epifanias”. Como por exemplo, as Escrituras dizem que Adão e Eva ouviram o som de Deus andando no jardim do Éden no frescor do dia (Gn 3.8). O Senhor apareceu aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.1-21; 17.1-21; 18.33; 26.2-5, 24; 28.12-16; 32.24-32).

Alguns estudiosos dizem que todas as aparições de Deus no Antigo Testamento como teofanias. Outros fazem uma distinção entre “teofanias e epifanias”, a diferença está em que a “visitação epifânica” em geral não são acompanhadas de manifestações da natureza bem como, terremoto, fogo, vento, trovão ou fumaça, como por exemplo, as aparições aos patriarcas.

As chamadas “visitações teofânicas”, entre elas as mais notáveis são a sarça ardente descrita em (Êx 3), o estremecimento do Sinai (Êx 19. 24), os chamados de Isaías (Is 6), o chamado de Ezequiel (Ez 1), e o redemoinho relatado em (Jó 38).[20]

CONCLUSÃO

Apesar das inúmeras teorias a respeito da Revelação de Deus, o fato é que desde o princípio da humanidade vemos por meio das Escrituras um Deus que reiteradamente procura não somente revelar-se ao homem, como também relacionar-se com ele, seja por teofania ou epifania. A Cognoscibilidade de Deus é um fato bíblico na história do Antigo Testamento, pois Ele se fez conhecer, porém “Ele é Incompreensível” para o homem. Por outro lado, Ele pode ser conhecido e conhecê-lo é pré-requisito absoluto para a salvação.

E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. [João 17:3]

BIBLIOGRAFIA

[1] Cf. STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

[2] Cf. TORÁ – A Lei de Moisés – Editora Sêfer; Sidur Matzliah (rab. Menahem Mendel Diesendruck)

[3] Cf. STRASSFELD, Michael. The Jewish Holidays: A Guide and Commentary. New York: Harper & Row, 1985

[4] Cf. CALVINO, João. Comentário à Sagrada Escritura: Romanos (São Paulo: Parácletos, 1997), Calvino usa com certa frequência a expressão pacto da graça.

[5] A Confissão de Fé de Westminster é uma confissão de fé reformada, de orientação calvinista. Adotada por muitas igrejas presbiterianas e reformadas ao redor do mundo, esta Confissão de Fé foi produzida pela Assembleia de Westminster e aprovada pelo parlamento inglês em 1643.

[6] Cf. MEISTER, Mauro Fernando – FIDES REFORMATA – Lei e Graça: Uma Visão Reformada (Mackenzie – CPAJ).

[7] João Calvino foi um importante professor e teólogo cristão de nacionalidade francesa. Nasceu na cidade de Noyon em 10 de julho de 1509 e faleceu na cidade de Genebra (Suíça) em 27 de maio de 1564. Calvino teve um papel histórico fundamental no processo da Reforma Protestante. Foi o iniciador do movimento religioso protestante conhecido por Calvinismo.

[8] CALVINO, João. As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas par estudo e pesquisa. Tradução Odayr Olivetti. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.

[9] SMITH, Ralph L. – Teologia do Antigo Testamento – História, método e mensagem – Editora: Vida Nova.

[10] Cf. HANS – Jürgen Zobel, galah em TDOT, 478.

[11] Cf. VRIEZEN, Th. C. “Die Erwahlung Israels.” Zurich: Zwingli Verlag, 1953.

[12] Cf. VRIEZEN, Th. C. “Outline of Old Testament Theology”, 154.

[13] GERHARD, Von Rad – A Teologia do Antigo Testamento – Editora ASTE.

[14] O DEUS OCULTO (Deus Absconditus), corrente teológica definida por Lutero que fala sobre um Deus oculto, ou seja, que se esconde, e que mesmo através da sua relação espiritual, não podemos conhecê-lo plenamente. Para Calvino, Deus, nas profundezas do seu ser é insondável, diz ele: “é incompreensível”; desse modo, sua divindade escapa totalmente aos sentidos humanos.

[15] Cf. SMITH, Ralph L. – Teologia do Antigo Testamento – História, método e mensagem, 99 – Editora: Vida Nova.

[16] The Old Testament View of God, 419.

[17] BALLENTINE, Samuel E. – “A Description of the Semantic Field of Hebrew Words for ‘Hide’,” VT 30 (1980) 137-153 – Estes dados foram retirados e adaptados, em sua maioria, do documento original que pode ser acessado através do endereço: http://www.jstor.org/discover/10.2307/1517520?uid=3737664&uid=2129&uid=2134&uid=2&uid=70&uid=4&sid=21101518889823

[18] O DEUS QUE SE REVELA (Deus Revelatus) – Corrente teológica defendida por Kuyper que nos fala sobre o conhecimento de Deus e diz que: “Deus transmite conhecimento de si próprio ao homem. Noutra, o homem só pode conhecer a Deus na medida em que Ele se faz conhecido”.

[19] BARKHOF, Louis em Teologia Sistemática publicada pela Ed Cultura Cristã. P.20, diz sobre a Cognoscibilidade de Deus e diz que Ele é Incompreensível, mas também, por outro lado, que Ele pode ser conhecido e que conhecê-lo é um requisito absoluto para a salvação. Ela reconhece a força da questão levantada por Zofar, “Porventura desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até a perfeição do Todo-Poderoso?” Jó 11.7. E ela percebe que não tem resposta para a indagação de Isaías. “Com quem comparareis a Deus? Ou que cousa semelhante confrontareis com ele?” Isaías 40.18. Mas, ao mesmo tempo, ela também está atenta à afirmação de Jesus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” João 17.3. Ela regozija no fato de que “o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro, e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo” 1 João 5.20.

Na ótica Reformada é sustentado que hoje uma pessoa só pode adquirir verdadeiro conhecimento de Deus por meio da revelação especial, sob a influência iluminadora do espírito Santo.

[20] ______________TERRIEN, Samuel – The Elusive Presence: Toward a New Biblical Theology, San Francisco: Harper, 1978.